Sigo na direção que tenho de seguir.
O meu coração ficou atrás.
Apenas te olhei de soslaio.
O teu cheiro entranhou-se no meu corpo, como se isso fosse possível se eu não te toquei.
Ninguém sabe.
Só nós.
O nosso passado mantém-se bem vivo, cheio de emoções que quase nos deixam nas entranhas um vazio que não sei explicar.
Como as borboletas dançarinas se apoderam de mim e eu fico tola, sem jeito, sem noção, sem razão, desastrada, atrapalhada, confusa.
O meus pés não assentam no chão. Por baixo, areias movediças fazem com que possa cair a qualquer momento, num deserto do qual tenho tanto medo.
Chego ao destino e não sei o que sinto.
Tu não estás aqui.
Não podes estar.
Este segredo é só nosso e cada vez que os olhos se cruzam o tempo pára. Os segundos e os minutos deixam de ir no sentido da vida.
Eu parei no tempo no dia em que me apaixonei por ti.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
terça-feira, 28 de abril de 2015
Serviços
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Faça do seu sonho uma realidade, como eu fiz!
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segunda-feira, 27 de abril de 2015
Mulheres trabalham mais do que os homens
Segundo o relatório da ONU - Organização das Nações Unidas "Progresso das Mulheres do Mundo 2015: Transformar Economias, Realizar Desejos", as mulheres trabalham mais do que os homens, no que toca a trabalho doméstico.
Ora pois.
Somos mães.
Temos dois ou três trabalhos para pagar as contas e quando chegamos a casa ainda temos tudo para fazer, desde cozinhar a passar a ferro.
Deixo o link para uma notícia do Jornal Sol:
http://www.sol.pt/noticia/388586
Ora pois.
Somos mães.
Temos dois ou três trabalhos para pagar as contas e quando chegamos a casa ainda temos tudo para fazer, desde cozinhar a passar a ferro.
Deixo o link para uma notícia do Jornal Sol:
http://www.sol.pt/noticia/388586
Fui
Estive fora cá dentro do nosso Portugal lindo este fim de semana.
Sorri, brinquei, esqueci, perdoei, amei.
Brindei à liberdade e à revolução dos cravos.
Até o sol brilhou!
Andei de ténis, de cabelo desgrenhado e sem preocupações.
Fui menina e mulher.
Fui tão, mas tão feliz!
Sorri, brinquei, esqueci, perdoei, amei.
Brindei à liberdade e à revolução dos cravos.
Até o sol brilhou!
Andei de ténis, de cabelo desgrenhado e sem preocupações.
Fui menina e mulher.
Fui tão, mas tão feliz!
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Dia Mundial do Livro
Hoje é Dia Mundial do Livro.
E eu sou uma apaixonada por eles.
E eu sou uma apaixonada por eles.
Estes dois saíram-me das entranhas.
Em cada frase está um bocadinho de nós, de quem passou pela nossa vida, quem nos amou, quem partiu.
Escrever é dar voz ao sentimento.
Cada lágrima, cada gargalhada durante este processo tão solitário que é a escrita, é tão bom, mas tão bom!
É recordar o que já foi e sonhar com o que há-de vir.
Se sou feliz a escrever? Muito!!!!
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