Sigo na direção que tenho de seguir.
O meu coração ficou atrás.
Apenas te olhei de soslaio.
O teu cheiro entranhou-se no meu corpo, como se isso fosse possível se eu não te toquei.
Ninguém sabe.
Só nós.
O nosso passado mantém-se bem vivo, cheio de emoções que quase nos deixam nas entranhas um vazio que não sei explicar.
Como as borboletas dançarinas se apoderam de mim e eu fico tola, sem jeito, sem noção, sem razão, desastrada, atrapalhada, confusa.
O meus pés não assentam no chão. Por baixo, areias movediças fazem com que possa cair a qualquer momento, num deserto do qual tenho tanto medo.
Chego ao destino e não sei o que sinto.
Tu não estás aqui.
Não podes estar.
Este segredo é só nosso e cada vez que os olhos se cruzam o tempo pára. Os segundos e os minutos deixam de ir no sentido da vida.
Eu parei no tempo no dia em que me apaixonei por ti.