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sábado, 24 de outubro de 2015

Morena

Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena.

Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
Da cor do jasmim.

Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.

Mas olha as violetas
Morena
Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena.

Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
Da cor do jasmim.

Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.

Mas olha as violetas
Que, sendo umas pretas,
O cheiro que têm!
Vê lá que seria,
Se Deus as fizesse
Morenas também!

Tu és a mais rara
De todas as rosas;
E as coisas mais raras
São mais preciosas.

Há rosas dobradas
E há-as singelas;
Mas são todas elas
Azuis, amarelas,
De cor de açucenas,
De muita outra cor;
Mas rosas morenas,
Só tu, linda flor.

E olha que foram
Morenas e bem
As moças mais lindas
De Jerusalém.
E a Virgem Maria
Não sei... mas seria
Morena também.

Moreno era Cristo.
Vê lá depois disto
Se ainda tens pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena!


Guerra Junqueiro, in "A Musa em Férias"

Ilha do Pessegueiro

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja para sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

A Persistência da Memória, Salvador Dali

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Habemos Nobel da Literatura!

Chama-se Svetlana Alexievich e nasceu no ano de 1948 em Ivano-Frankovsk. Filha de pai bielorrusso e mãe ucraniana é  a 14.ª mulher a receber o Nobel da Literatura. 

Segundo o Jornal Diário de Notícias “De fora ficaram o eterno Haruki Murakami, Philip Roth, Joyce Carol Oates e Ngugi Wa Thiong'o, bem como António Lobo Antunes, outros dos mais bem posicionados escritores. Svetlana Alexievichn é a 14.ª mulher a recebê-lo entre os 112 escritores que fazem parte da lista do Nobel da Literatura - a última tinha sido Alice Munro, em 2013”. http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4822979

Svetlana Alexievich surpreendeu muitos, ao vencer, pois por norma destacam-se autores de romances, poesia ou novela. 

Já conhecia a autora? Eu vou certamente ler e procurar entender este género literário que nos apresenta. 

Daniela Rosário


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Domingo é dia de coisas boas!!!

Boa tarde a todos. 

Venho por aqui deixar a minha agenda. 

Próximo domingo, pelas 18h30, no âmbito das Jornadas Europeias do Património vou estar no Museu dos Patudos com o Doutor Luís Mota a falar sobre Turismo. 




Depois, termino a noite na Feira do Livro enquadrada na festa Eh!Toiro na Chamusca a convite da Rota do Livro. 




Já no sábado passado tinha estado no Sardoal com o meu mais novo "Assalto ao Museu dos Comboios".
Só tenho de agradecer!
E palmas para os autores e para quem divulga a cultura!
Vejo-o por lá!
Apareça!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Deste cantinho da Europa

É dramática a crise humanitária que temos vindo a assistir, aqui deste cantinho da Europa, através das nossas televisões. 

Falamos, conversamos, mas nenhum de nós sabe realmente a dor, a humilhação, o sofrimento pelo qual aquelas pessoas estão a passar. 

Fome. Miséria. Desumanidade.

Estas são as palavras reais que descrevem a situação. 

Neste sentido, a Unicef apela agora para uma eminente (que eu diria já presente) crise na Síria. Esta organização mundial apoia efectivamente através do fornecimento de água potável, da vacinação, da educação, etc.  

"A crise síria constitui a maior ameaça dos últimos anos para as crianças. No final de 2015, a violência e as deslocações forçadas terão  transtornado profundamente a vida de mais de 8.6 milhões de crianças na região. Em novembro de 2014,  o número de crianças nessa situação era de 7 milhões"  pode ler-se no website da Unicef. 

Eu acredito que juntos podemos fazer a diferença. 

Ajude a ajudar!


Fotografia: Unicef



Unicef: 


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Donativo por correio 
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