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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Luto

Sinto falta de te ver.
Tenho saudades do teu sorriso e das tuas brincadeiras. 
O meu coração dói e a minha alma teima em não querer que me erga. 
És parte de mim. 
Serás para sempre. 
O céu cada vez mais estrelado diz-nos que sempre que olharmos para lá, podemos sentir-te. Sentir-vos. Será que ele é assim tão grande?
Um sorriso tenta disfarçar um sentimento. Mas não o consegue fazer quando estamos completamente dilacerados.
Uma dor que nos torcida, que nos desfaz, que nos destrói. 
Oh luto este…que não se vê, mas dói tanto.
Nunca serei a mesma.
Nunca mais seremos os mesmos.
Vou recordar-me de ti para sempre.
E quando a memória me falhar vou procurar-te nas fotografias e reencontrar o teu sorriso de novo.

Daniela Rodrigues do Rosário


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja para sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

A Persistência da Memória, Salvador Dali

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Votar é um dever!

Segundo uma notícia do Observador, desta segunda-feira, um terço do Parlamento vai ser ocupado por MULHERES.
Não havia melhor notícia para receber neste dia 5 de outubro, que se comemora a Implantação da República Portuguesa.
Não é o facto de deixar de ser feriado que devemos reclamar. É sim a abstenção mais uma vez.
Portugueses se não votam, se o vosso voto é em branco, fica tudo na mesma!
Voltando a notícia em análise, são 76 mulheres, 76 deputadas que vão defender o país num total de 226 lugares do Parlamento.
Citando o artigo que pode ler-se em: http://observador.pt/2015/10/05/mulheres-no-parlamento/  “Na coligação Portugal à Frente, dos 99 deputados eleitos, 33 são mulheres (33,3%). No Partido Socialista, dos 85 deputados eleitos, 27 são mulheres (31,78%). No Bloco de Esquerda, dos 19 deputados eleitos, 6 são mulheres (31,58%). No Partido Comunista Português, dos 17 deputados eleitos, 7 são mulheres (41,18%). No PPD/PSD Madeira, dos três candidatos eleitos, duas são mulheres e no PPD/PSD Açores, foi eleito um candidato e uma candidata”.
Celebremos!
Quero terminar este artigo com o Hino Nacional “A portuguesa”. Com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil que data de 1890, apesar de ter sofrido alterações (e bem) em 1957.

Cantemos em uníssono:
I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu novos mundos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!
III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

É por si, é por mim, é por todos nós.

Daniela Rodrigues do Rosário
5 de outubro de 2015
Artigo de opinião para o site www.omundojornalismo.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

[IT´S ALL ABOUT LOVE. LIVE AND LOVE.]

Funeral Blues

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message 'He is Dead'.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good.

W.H.Auden


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Amo-te sem saber como

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou seta de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te directamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,
a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"



Pintura: Pablo Picasso



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Equinócio de outono é hoje!

Tenho tantas lembranças boas do início do ano letivo.
A mãe a levar-me a mim e ao mano à escola ao mesmo tempo que deixava a avó no trabalho. 
O cheiro a livros novos. 
A roupa mais aconchegada porque o frio começava a chegar. 
O rever os colegas e os amigos. 
O entusiasmo de conhecer novos professores. 
Início de uma nova fase. 
E a vida tem realmente destas coisas. 
Leva-nos a relembrar o passado vezes sem conta. 
Parece que estou nesta fase de novo, mas sem grandes expectativas, sem saber o que vai acontecer a seguir. 
Bem, mas o post....voltando atrás é porque o outono já chegou!
Pois é!
Vamos poder assistir hoje ao equinócio e há uma aplicação chamada The Night Watch que nos ajuda a contemplar esta maravilha que é a natureza.  
Eu vou estar atenta e não vou perder. 
A vida é curta demais. 


Pintura: Trigal com Corvos de Vicent Van Gogh

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Wedding mode on!

Casamento é casamento. 
A celebração do amor e da amizade. 
Este fim de semana foi de festa. 
E aos noivos desejamos tudo de bom!




Vestido: Lois
Cinto: Tiffosi
Sandália: Tino González
Cabelo: Célia Cabeleireiros
Makeup: by me


O Casamento é a Mais Rica Aventura Humana

Meu caro leitor!
Se não tens tempo nem oportunidade para consagrar uma dezena de anos da tua vida a uma viagem em volta do mundo para observar tudo o que um circunavegador pode aprender; se te falta, por não teres estudado por muito tempo as línguas estrangeiras, os dons e os meios de te iniciar nas mentalidades diversas dos povos que se revelam aos cientistas; se não pensas em descobrir um novo sistema astronómico que suprima o de Copérnico, bem como o de Ptolomeu - então, casa-te; e mesmo que tenhas tempo para viajar, dons para os estudos e a esperança de fazer descobertas, casa-te do mesmo modo. Tu não te arrependerás, ainda que isso te impeça de conheceres todo o Globo terrestre, de te exprimires em muitas línguas e de compreenderes o espaço celeste; pois o casamento é e continuará a ser a viagem da descoberta mais importante que o homem pode empreender; qualquer outro conhecimento da vida, comparado ao de um homem casado, é superficial, pois ele e só ele penetrou verdadeiramente na existência.

Emmanuel Kant, in 'Considerações sobre o Casamento em Resposta a Objeções'



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Deste cantinho da Europa

É dramática a crise humanitária que temos vindo a assistir, aqui deste cantinho da Europa, através das nossas televisões. 

Falamos, conversamos, mas nenhum de nós sabe realmente a dor, a humilhação, o sofrimento pelo qual aquelas pessoas estão a passar. 

Fome. Miséria. Desumanidade.

Estas são as palavras reais que descrevem a situação. 

Neste sentido, a Unicef apela agora para uma eminente (que eu diria já presente) crise na Síria. Esta organização mundial apoia efectivamente através do fornecimento de água potável, da vacinação, da educação, etc.  

"A crise síria constitui a maior ameaça dos últimos anos para as crianças. No final de 2015, a violência e as deslocações forçadas terão  transtornado profundamente a vida de mais de 8.6 milhões de crianças na região. Em novembro de 2014,  o número de crianças nessa situação era de 7 milhões"  pode ler-se no website da Unicef. 

Eu acredito que juntos podemos fazer a diferença. 

Ajude a ajudar!


Fotografia: Unicef



Unicef: 


MULTIBANCO
Transferências > Ser Solidário > UNICEF

Transferência ou depósito bancários
Millennium BCP
NIB 0033 0000 0000 3196 2082 8
IBAN PT50 0033 0000 0000 3196 2082 8

Donativo por correio 
Cheque dirigido a:
Comité Português para a UNICEF,
Av. António Augusto Aguiar, 21 -3E,
1069-115 Lisboa


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Novo livro!!!

Caros leitores...

Finalmente está pronto o meu mais recente livro "Assalto ao Museu dos Comboios" e conta com as fantásticas ilustrações de Leonardo Sousa, a quem agradeço. 

Será apresentado no próximo dia 12 de setembro, pelas 15h30 na Casa Museu dos Patudos em Alpiarça que tão bem sabe receber. 

Tenho a certeza que à semelhança da apresentação de "O verdadeiro amor nunca morre" também esta será muito bem passada entre amigos. 

Mais uma novidade! O "Assalto ao Museu dos Comboios" para além de estar disponível em suporte papel também está em E-Book para a malta das novas tecnologias!

Fica desde já o convite!

Não esquecer: 
Dia 12/9 às 15h30 na Casa Museu dos Patudos em Alpiarça!!!

Assalto ao Museu dos Comboios

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Diário de viagem #os outros dias

O segundo dia estava cinzento, outra vez.
Foi chuviscando de vez em quando.
Apanhamos amoras em Odeceixe.
Piquei-me toda nas silvas. 
Ele tirou fotos e riu-se.
(Para a próxima compro-as no supermercado!)
Fomos à Arrifana e ao Monte do Clérigo.
Mais estrangeiros do que portugueses. Porque será?! A resposta é simples. 
Jantamos no “Tio Manel” (não me lembro do nome do restaurante) e acabamos a noite em Odemira.
Fazia um frio terrível!





Finalmente fomos para a casa de férias.
Carregar malas de novo.
Ele ralha comigo e eu com ele.
Apanhamos sol à tarde( finalmente!).
A nadadora salvadora estava furiosa com um inglês que não lhe obedecia. Fez-me lembrar a escola! Quanto mais a professora dizia para não fazermos, pior era.
O jantar foi caseiro.
O jeitoso cozinhou e eu ajudei.
A noite acabou com o melhor teatro de rua que vi nos últimos tempos, que têm sido bastante conturbados.
Ri tanto. O raio do palhaço!
Fez despir dois tipos e gozou com um alemão “Cabron do carago” apelidou-o! 
A praça estava cheia. E foi com muita tristeza que soube que não era uma iniciativa do município.
Pelas ruas ouvia-se música. Mais uma vez nada de portugueses.
Gelei de novo! 
P.S: Tenho de comprar um raio de uns ténis!




Levantei-me às 7h da matina. De férias, costumou-me imenso.
Pelo caminho fui dormitando enquanto volta e meia ele ia falando para mim.
Atravessamos meio Algarve para chegar a Quelfes, uma freguesia de Olhão.
Apresentei “A borboleta Zulmira” e comigo trouxe sorrisos e beijinhos.
Lá deixei o meu contributo, para um projeto que todos os autores deviam apoiar.
“Jardim dos mil livros” é um nome a não esquecer e a Junta de Freguesia de Quelfes agradece!
Obrigada a todos pelo carinho!
Até sempre!



E os outros dias? Esses guardo-os só para mim! :)
Deixo mais umas imagens deste país lindo que é Portugal.









Continue por aí!!!
Chegou "O assalto ao Museu dos Comboios"! 
Vou postando as novidades. 
Obrigada por estar desse lado. 

Daniela Rosário





domingo, 16 de agosto de 2015

Diário de viagem - #1

Ele escada a cima, escada a baixo a levar as malas.
Eu a sentar-me em cima de parte delas, para fecharem.
Ele ralhava.
Eu tentava enfiar tudo dentro da bagageira.
Ele ralhava mais um bocadinho.
Lá conseguimos fechar a dita!
Voltas e voltinhas.
Demoramos quase um dia a chegar!
Um dia!
Almoçamos pelo caminho, pois tivemos de fazer uma paragem (lembre-me de nunca mais comprar roupa online!).
Um trânsito infernal nos dois sentidos.
Finalmente chegamos.
Instalamos-nos. 
Fomos jantar ao Brejão.
Vimos o por do sol e os animais.
Procuramos a festa que havia ali perto, só achamos carros de choque.
Cansados lá adormecemos a ver um programa de sábado à noite. Se me perguntar o que foi, nem me lembro!






quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O comboio que é a vida

No comboio descendente 


No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada,
Uns por verem rir os outros
E os outros sem ser por nada —
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela,
Uns calados para os outros
E os outros a dar-lhes trela —
No comboio descendente
Da Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E os outros nem sim nem não —
No comboio descendente
De Palmela a Portimão...

Fernando Pessoa








Foto: Badajoztv

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Passeio de motorizadas vintage!!!!

Integrado na Festa de Nossa Senhora dos Remédios, em Vale de Cavalos (Chamusca), tem lugar no dia 29 de agosto um Passeio de Motorizadas Vintage!
Vai valer a pena participar!
Deixo o cartaz!




segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Com Fúria e Raiva

Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras

Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada

De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse

Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra


Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Zumbabiju e as encomendas especiais

Zumbabiju realizou mais uma encomenda especial!

Fio de três correntes. 

Adequa-se a qualquer look, seja ele praia, descontraído para uma saída à noite ou formal!

Um must have neste verão!








quarta-feira, 29 de julho de 2015

Gostava de viver num conto de fadas

Gostava de viver num conto de fadas onde, como hoje, os cavalheiros me deixassem entrar primeiro no elevador e saíssem depois de eu o ter feito. 

Num mundo, onde eles me abrissem a porta. 

Num mundo, onde fosse tratada como uma rainha e o mais incómodo que ouviria deles fosse "amo-te". 

Onde as flores seriam uma constante no caminhar juntos pela vida, os sorrisos,  as gargalhadas e os abraços nunca se perdessem. 

Dias em que o sol se esconderia para dar lugar a um céu estrelado raiado de tons de azul. 

Noites em que adormecêssemos abraçados e o tempo não passasse. 


Que o dia comece!



terça-feira, 21 de julho de 2015

De pernas para o ar

Podia ser o título de uma música. 
Não é. 
A minha vida anda assim. 
Perco a noção do tempo.
Esqueço-me dos afazeres.
Deixo o ferro ligado.
Não fecho as torneiras.
Não tranco o carro em plena cidade. 
Tingi uma máquina inteira de roupa clara toda de rosa. 
O meu grande amor está doente.
Muito doente.
Prometi a mim mesma que quando ele não se lembrasse de mim, eu o faria lembrar. 
Sentei-me na cama dele, sempre que pude, antes de termos de ter uma com grades. 
A partir daí tudo mudou. 
Quarto diferente. Sonda. Luvas. 
Idas e vindas de INEM, tardes longas de espera, visitas ao hospital.
Quando veio para casa voltou a conhecer-me.
Não podia estar mais feliz. 
Mas não durou muito. 
Está internado.
E eu rezo. Rezo tanto. 
Só gostava que esta história tivesse um final feliz como nos contos de fadas. 



Fotografia: Jerry Uelsman

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Procura trabalho?

Quem gostaria de ter um trabalho em que tivesse isenção de horário? 
Em que não há limite de ganhos?
Em que podemos acompanhar os nossos filhos?
Curioso?
Então contacte-me através do email daniela.rosario@iol.pt




quinta-feira, 16 de julho de 2015

Terror de te Amar

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.

Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Há dias em que uma miúda tem de ceder!

Há dias em que uma miúda tem de ceder. 
Eu só pensava numa toalha, nuns chinelos e num livro. Mas não.
Ele decidiu o programa de domingo!