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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

#100 Recomeço

Começo por Vos escrever e dizer que este é o post número 100! 
O primeiro post depois de ter percebido de que não sou uma super-mulher, de que não aguento ter quatro trabalhos, estar a fazer uma dissertação de mestrado, escrever livros, uma casa para cuidar e uma família com que me preocupar. 
Caí. 
Não aguentei tanto trabalho. 
Não me envergonho de o dizer. Pelo contrário. 
A partir de hoje vou ser mais saudável. 
Vou comer a tempo e a horas, vou sorrir mais, vou fazer desporto. 
Nem sei há quanto tempo as minhas Nike não saiam à rua!
Soube-me pela vida a caminhada matinal, o sol a bater-me na cara, o cheiro a campo. Respirar!!!
Escrevo porque sei que não sou a única. 
A vida não nos permite destas coisas até que não aguentemos mais. 
Partilhe, comente!
Vamos fazer a diferença!
Desistir é que não vale!


As minhas Nike novas (têm quase 7 anos)!



E o que eu encontrei? Vê-se mesmo que agora vivo na cidade!

Daniela Rodrigues do Rosário




sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Luto

Sinto falta de te ver.
Tenho saudades do teu sorriso e das tuas brincadeiras. 
O meu coração dói e a minha alma teima em não querer que me erga. 
És parte de mim. 
Serás para sempre. 
O céu cada vez mais estrelado diz-nos que sempre que olharmos para lá, podemos sentir-te. Sentir-vos. Será que ele é assim tão grande?
Um sorriso tenta disfarçar um sentimento. Mas não o consegue fazer quando estamos completamente dilacerados.
Uma dor que nos torcida, que nos desfaz, que nos destrói. 
Oh luto este…que não se vê, mas dói tanto.
Nunca serei a mesma.
Nunca mais seremos os mesmos.
Vou recordar-me de ti para sempre.
E quando a memória me falhar vou procurar-te nas fotografias e reencontrar o teu sorriso de novo.

Daniela Rodrigues do Rosário


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja para sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

A Persistência da Memória, Salvador Dali

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Domingo é dia de coisas boas!!!

Boa tarde a todos. 

Venho por aqui deixar a minha agenda. 

Próximo domingo, pelas 18h30, no âmbito das Jornadas Europeias do Património vou estar no Museu dos Patudos com o Doutor Luís Mota a falar sobre Turismo. 




Depois, termino a noite na Feira do Livro enquadrada na festa Eh!Toiro na Chamusca a convite da Rota do Livro. 




Já no sábado passado tinha estado no Sardoal com o meu mais novo "Assalto ao Museu dos Comboios".
Só tenho de agradecer!
E palmas para os autores e para quem divulga a cultura!
Vejo-o por lá!
Apareça!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Diário de viagem #os outros dias

O segundo dia estava cinzento, outra vez.
Foi chuviscando de vez em quando.
Apanhamos amoras em Odeceixe.
Piquei-me toda nas silvas. 
Ele tirou fotos e riu-se.
(Para a próxima compro-as no supermercado!)
Fomos à Arrifana e ao Monte do Clérigo.
Mais estrangeiros do que portugueses. Porque será?! A resposta é simples. 
Jantamos no “Tio Manel” (não me lembro do nome do restaurante) e acabamos a noite em Odemira.
Fazia um frio terrível!





Finalmente fomos para a casa de férias.
Carregar malas de novo.
Ele ralha comigo e eu com ele.
Apanhamos sol à tarde( finalmente!).
A nadadora salvadora estava furiosa com um inglês que não lhe obedecia. Fez-me lembrar a escola! Quanto mais a professora dizia para não fazermos, pior era.
O jantar foi caseiro.
O jeitoso cozinhou e eu ajudei.
A noite acabou com o melhor teatro de rua que vi nos últimos tempos, que têm sido bastante conturbados.
Ri tanto. O raio do palhaço!
Fez despir dois tipos e gozou com um alemão “Cabron do carago” apelidou-o! 
A praça estava cheia. E foi com muita tristeza que soube que não era uma iniciativa do município.
Pelas ruas ouvia-se música. Mais uma vez nada de portugueses.
Gelei de novo! 
P.S: Tenho de comprar um raio de uns ténis!




Levantei-me às 7h da matina. De férias, costumou-me imenso.
Pelo caminho fui dormitando enquanto volta e meia ele ia falando para mim.
Atravessamos meio Algarve para chegar a Quelfes, uma freguesia de Olhão.
Apresentei “A borboleta Zulmira” e comigo trouxe sorrisos e beijinhos.
Lá deixei o meu contributo, para um projeto que todos os autores deviam apoiar.
“Jardim dos mil livros” é um nome a não esquecer e a Junta de Freguesia de Quelfes agradece!
Obrigada a todos pelo carinho!
Até sempre!



E os outros dias? Esses guardo-os só para mim! :)
Deixo mais umas imagens deste país lindo que é Portugal.









Continue por aí!!!
Chegou "O assalto ao Museu dos Comboios"! 
Vou postando as novidades. 
Obrigada por estar desse lado. 

Daniela Rosário





quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O comboio que é a vida

No comboio descendente 


No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada,
Uns por verem rir os outros
E os outros sem ser por nada —
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela,
Uns calados para os outros
E os outros a dar-lhes trela —
No comboio descendente
Da Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E os outros nem sim nem não —
No comboio descendente
De Palmela a Portimão...

Fernando Pessoa








Foto: Badajoztv

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sugestão de leitura!

Deixo uma sugestão de leitura para este verão!


The Journey  Style
The Fine Art of Traveling by Train


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento


Sophia de Mello Breyner Andresen

Fotografia: Garry Winogrand

terça-feira, 21 de julho de 2015

De pernas para o ar

Podia ser o título de uma música. 
Não é. 
A minha vida anda assim. 
Perco a noção do tempo.
Esqueço-me dos afazeres.
Deixo o ferro ligado.
Não fecho as torneiras.
Não tranco o carro em plena cidade. 
Tingi uma máquina inteira de roupa clara toda de rosa. 
O meu grande amor está doente.
Muito doente.
Prometi a mim mesma que quando ele não se lembrasse de mim, eu o faria lembrar. 
Sentei-me na cama dele, sempre que pude, antes de termos de ter uma com grades. 
A partir daí tudo mudou. 
Quarto diferente. Sonda. Luvas. 
Idas e vindas de INEM, tardes longas de espera, visitas ao hospital.
Quando veio para casa voltou a conhecer-me.
Não podia estar mais feliz. 
Mas não durou muito. 
Está internado.
E eu rezo. Rezo tanto. 
Só gostava que esta história tivesse um final feliz como nos contos de fadas. 



Fotografia: Jerry Uelsman

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Marcas de infância regressam por algum tempo!

Lembra-se, certamente, do primeiro anúncio Cerelac, ou da pasta de dentes Couto ou da Farinha Predilecta. 
Pois é...a marca Lidl vai trazer de volta alguns destes produtos. 




sexta-feira, 26 de junho de 2015

domingo, 21 de junho de 2015

PASSATEMPO de verão!

PASSATEMPO TERMINADO. 

VENCEDORAS: 
- Juliana Pereira
- Vânia Pereira
- Fátima Martinho
- Lili Ana


A todas obrigada e aguardo resposta ao meu contacto!


_____________________________________________________________________________


Olá a todos!
O verão está aí e para o celebrar preparei um passatempo muito especial, com prémios fantásticos!

1. Carteira - As Ninoquices da Tina



2. Bolsa - Os Mimos da Carla


3. Desenho "Longínquo" (30x21cm) - Rabiscos


4. Perfume Cristian Lay (Klic Kiss) - Célia Cabeleireiros





REGRAS


Obrigatórias




1. Colocar "gosto" nas páginas: 





Daniela Rosario - https://www.facebook.com/pages/Daniela-Ros%C3%A1rio/247667612079447



2. Partilhar o Passatempo no Facebook (todas as vezes que pretender), identificando sempre três amigos. 



Notas



Contactos: borboletazulmira@gmail.com

Boa sorte!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O que eu vejo e não esqueço

O papel das ONG em locais como a Guiné, a Etiópia, Angola e Moçambique é fundamental. 
Lutar pelos direitos humanos é um dever. 
Esta é uma estória que conta a história de muitos que perderam a vida, que se viram obrigadas a ser saudáveis ou a viver. 
É um livro que exalta o papel do voluntariado e da união entre países. 
Recomendo. 





sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cuca Roseta

Nos teus braços. 
Para ouvir e reflectir. 
Um elogio ao amor. 
Um elogio à vida. 





Está solteiro? Aplicação promete revolucionar o seu mundo.

Já conhece a aplicação Crushing Table?

Está solteiro? Não é garantido o amor, mas certamente terá uma ajuda para um almoço ou jantar. 

A aplicação está acessível através das plataformas Android (http://zip.net/blrpkR) e iOS (http://zip.net/brrp5X), é gratuita e possui versões em português, inglês, espanhol e francês. 

É fácil de utilizar, podendo fazê-lo através da sua conta de e-mail ou de um perfil de Facebook. 


Fotografia: www.jogodedamas.me


domingo, 24 de maio de 2015

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta. 
Hoje não a lastimo. 
Não há falta na ausência. 
A ausência é um estar em mim. 
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, 
que rio e danço e invento exclamações alegres, 
porque a ausência assimilada, 
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade



Fotografia: Michael Murphy

sábado, 23 de maio de 2015

Para sempre

Dói-me a alma ver-te assim. 
Hoje percebi pouco do que disseste. 
Aquele olhar que se prende no meu é o que me acalma o coração. 
Tenho tanto medo quando se perder. 
Tenho tanto medo de um dia chegar e a pergunta que faço sempre, não tiver resposta. 
Gosto tanto de ti. 
Há poucas pessoas a quem consigo dizê-lo. 
A ti não consigo. 
Sinto-o em cada pedaço de mim. Mas não consigo. 
Lembro-me das brincadeiras que se perderam no tempo, da tua habilidade, da tua força. 
Na segunda-feira prometi que te ia ver e levar um bolo. 
E vou. 
Não fiques triste. 
Vamos celebrar a vida apesar das partidas que ela teima em pregar-nos. 
Vou levar-te uma vela. Sim. Um bolo e uma vela. 
Não desisto de ti. 
Não desistas por mim, por nós. 
Meu querido, não nos abandones já. É cedo demais. 
O marinheiro teima em querer levar-te, não deixes. 
Ainda tens de ver os teus netos crescerem e os bisnetos nascerem. Dizes-lhe isso?
Não desistas meu querido. Não desistas. 

Da tua "ruinzona". 



Fotografia: Nick Brandt 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A estrada

Sigo na direção que tenho de seguir. 
O meu coração ficou atrás. 
Apenas te olhei de soslaio.  
O teu cheiro entranhou-se no meu corpo, como se isso fosse possível se eu não te toquei. 
Ninguém sabe.
Só nós. 
O nosso passado mantém-se bem vivo, cheio de emoções que quase nos deixam nas entranhas um vazio que não sei explicar. 
Como as borboletas dançarinas se apoderam de mim e eu fico tola, sem jeito, sem noção, sem razão, desastrada, atrapalhada, confusa.
O meus pés não assentam no chão. Por baixo, areias movediças fazem com que possa cair a qualquer momento, num deserto do qual tenho tanto medo.  
Chego ao destino e não sei o que sinto. 
Tu não estás aqui. 
Não podes estar. 
Este segredo é só nosso e cada vez que os olhos se cruzam o tempo pára. Os segundos e os minutos deixam de ir no sentido da vida. 
Eu parei no tempo no dia em que me apaixonei por ti. 



quarta-feira, 1 de abril de 2015

Tenho medo


Tenho medo do teu corpo. 
Tenho medo do tempo. 
Tenho medo da escuridão. 
Tenho medo que não me reconheças. 
Tenho medo do meu nome não te fazer recordar as brincadeiras. 
Tenho medo de na despedida não me prenderes mais no teu olhar.
Que os pássaros parem de chilrear nessa altura, que o sol se esconda, que a brisa deixe de correr, que o vento pare de soprar, que os minutos parem para eu poder dizer que te adoro.