sábado, 23 de maio de 2015

Para sempre

Dói-me a alma ver-te assim. 
Hoje percebi pouco do que disseste. 
Aquele olhar que se prende no meu é o que me acalma o coração. 
Tenho tanto medo quando se perder. 
Tenho tanto medo de um dia chegar e a pergunta que faço sempre, não tiver resposta. 
Gosto tanto de ti. 
Há poucas pessoas a quem consigo dizê-lo. 
A ti não consigo. 
Sinto-o em cada pedaço de mim. Mas não consigo. 
Lembro-me das brincadeiras que se perderam no tempo, da tua habilidade, da tua força. 
Na segunda-feira prometi que te ia ver e levar um bolo. 
E vou. 
Não fiques triste. 
Vamos celebrar a vida apesar das partidas que ela teima em pregar-nos. 
Vou levar-te uma vela. Sim. Um bolo e uma vela. 
Não desisto de ti. 
Não desistas por mim, por nós. 
Meu querido, não nos abandones já. É cedo demais. 
O marinheiro teima em querer levar-te, não deixes. 
Ainda tens de ver os teus netos crescerem e os bisnetos nascerem. Dizes-lhe isso?
Não desistas meu querido. Não desistas. 

Da tua "ruinzona". 



Fotografia: Nick Brandt 

Sem comentários:

Enviar um comentário