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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Marcas de infância regressam por algum tempo!

Lembra-se, certamente, do primeiro anúncio Cerelac, ou da pasta de dentes Couto ou da Farinha Predilecta. 
Pois é...a marca Lidl vai trazer de volta alguns destes produtos. 




segunda-feira, 6 de julho de 2015

Saudades

Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?...Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca in "Livro de Sóror Saudade"

Boho

Hoje deixo duas sugestões de vestidos da marca Cantão!
Já ouviu falar da tendência boho-chic? 
As tendências hippie e étnicas misturam-se numa simbiose perfeita sempre com um toque de classe. 




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Verão+sol+calor=amor

Já fez as suas escolhas para brilhar neste verão?
Seleccionei algumas das peças de uma marca que tenho vindo a acompanhar e que acho lindas!
Não poderia deixar de partilhar!







sexta-feira, 26 de junho de 2015

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...


Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

Fotografia: Sebastião Salgado


domingo, 21 de junho de 2015

PASSATEMPO de verão!

PASSATEMPO TERMINADO. 

VENCEDORAS: 
- Juliana Pereira
- Vânia Pereira
- Fátima Martinho
- Lili Ana


A todas obrigada e aguardo resposta ao meu contacto!


_____________________________________________________________________________


Olá a todos!
O verão está aí e para o celebrar preparei um passatempo muito especial, com prémios fantásticos!

1. Carteira - As Ninoquices da Tina



2. Bolsa - Os Mimos da Carla


3. Desenho "Longínquo" (30x21cm) - Rabiscos


4. Perfume Cristian Lay (Klic Kiss) - Célia Cabeleireiros





REGRAS


Obrigatórias




1. Colocar "gosto" nas páginas: 





Daniela Rosario - https://www.facebook.com/pages/Daniela-Ros%C3%A1rio/247667612079447



2. Partilhar o Passatempo no Facebook (todas as vezes que pretender), identificando sempre três amigos. 



Notas



Contactos: borboletazulmira@gmail.com

Boa sorte!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

Aquele que partiu

Aquele que partiu 
Precedendo os próprios passos como um jovem morto 
Deixou-nos a esperança. 
Ele não ficou para connosco 
Destruir com amargas mãos seu próprio rosto 
Intacta é a sua ausência 
Como a estátua dum deus
Poupada pelos invasores duma cidade em ruínas 
Ele não ficou para assistir À morte da verdade e à vitória do tempo 
Que ao longe Na mais longínqua praia 
Onde só haja espuma sal e vento
Ele se perca tendo-se cumprido 
Segundo a lei do seu próprio pensamento 
E que ninguém repita o seu nome proibido. 

Sophia de Mello Breyner Andresen 


sexta-feira, 12 de junho de 2015

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas


O Teu Olhar

Passam no teu olhar nobres cortejos, 
Frotas, pendões ao vento sobranceiros, 
Lindos versos de antigos romanceiros, 
Céus do Oriente, em brasa, como beijos, 


Mares onde não cabem teus desejos; 
Passam no teu olhar mundos inteiros, 
Todo um povo de heróis e marinheiros, 
Lanças nuas em rútilos lampejos; 


Passam lendas e sonhos e milagres! 
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres, 
Em centelhas de crença e de certeza! 


E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim, 
Amor, julgo trazer dentro de mim 
Um pedaço da terra portuguesa! 


Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas" 

E o nosso Portugal hoje esteve assim. Cinzento. 

domingo, 7 de junho de 2015

Dar cor à vida!


A Nossa Vitória de cada Dia

Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceite o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia. 

Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'


sábado, 6 de junho de 2015

As cores

Acredito que as cores, que o cheiro do mar, que a natureza têm a capacidade de nos transformar. 
Tenho de acreditar. 
Quando a vida nos teima em tirar pessoas que amamos, quando nos desilude, quando não nos deixa realizar os nossos sonhos, alcançar os nossos objetivos, temos de ser fortes, mas tão fortes, que só o Amor e o Acreditar nos ajuda a ir mais além. 
Todos os dias luto. 
Não desisto. 
Não baixo os braços. 
Vou até ao fim por mim e pelos que amo. 

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento". Clarice Lispector







sexta-feira, 29 de maio de 2015

Novo livro!

É com uma enorme alegria que Vos apresento duas das personagens do meu NOVO LIVRO, a Sara e o Tomás. 
A obra, mais uma vez, será publicada pela Chiado Editora e conta com ilustrações de Leonardo Sousa.
Dedicado ao público juvenil espero do fundo do coração que faça as delícias de quem gosta de uma boa aventura e de comboios.
Nada me dá mais prazer do que escrever.

Obrigada por tudo. 






quarta-feira, 27 de maio de 2015

Avós

Na segunda-feira foi um dia dedicado aos avós.
Ela, fez-me recordar a infância, as brincadeiras, os amigos que por ali fiz, o nascimento do meu irmão, naquela que irá ser sempre a minha praia. 
Sim, é minha porque as memórias são tantas, tantas que não cabem na alma.  
Ele fez anos.
Como lhe prometi, levei-lhe um bolo. 
Estava agitado, apenas me conheceu a mim. 
Há tanto amor...
Gostava que esta história tivesse um final feliz... 






sábado, 23 de maio de 2015

Para sempre

Dói-me a alma ver-te assim. 
Hoje percebi pouco do que disseste. 
Aquele olhar que se prende no meu é o que me acalma o coração. 
Tenho tanto medo quando se perder. 
Tenho tanto medo de um dia chegar e a pergunta que faço sempre, não tiver resposta. 
Gosto tanto de ti. 
Há poucas pessoas a quem consigo dizê-lo. 
A ti não consigo. 
Sinto-o em cada pedaço de mim. Mas não consigo. 
Lembro-me das brincadeiras que se perderam no tempo, da tua habilidade, da tua força. 
Na segunda-feira prometi que te ia ver e levar um bolo. 
E vou. 
Não fiques triste. 
Vamos celebrar a vida apesar das partidas que ela teima em pregar-nos. 
Vou levar-te uma vela. Sim. Um bolo e uma vela. 
Não desisto de ti. 
Não desistas por mim, por nós. 
Meu querido, não nos abandones já. É cedo demais. 
O marinheiro teima em querer levar-te, não deixes. 
Ainda tens de ver os teus netos crescerem e os bisnetos nascerem. Dizes-lhe isso?
Não desistas meu querido. Não desistas. 

Da tua "ruinzona". 



Fotografia: Nick Brandt 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A estrada

Sigo na direção que tenho de seguir. 
O meu coração ficou atrás. 
Apenas te olhei de soslaio.  
O teu cheiro entranhou-se no meu corpo, como se isso fosse possível se eu não te toquei. 
Ninguém sabe.
Só nós. 
O nosso passado mantém-se bem vivo, cheio de emoções que quase nos deixam nas entranhas um vazio que não sei explicar. 
Como as borboletas dançarinas se apoderam de mim e eu fico tola, sem jeito, sem noção, sem razão, desastrada, atrapalhada, confusa.
O meus pés não assentam no chão. Por baixo, areias movediças fazem com que possa cair a qualquer momento, num deserto do qual tenho tanto medo.  
Chego ao destino e não sei o que sinto. 
Tu não estás aqui. 
Não podes estar. 
Este segredo é só nosso e cada vez que os olhos se cruzam o tempo pára. Os segundos e os minutos deixam de ir no sentido da vida. 
Eu parei no tempo no dia em que me apaixonei por ti. 



segunda-feira, 11 de maio de 2015

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca. 

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto. 

De repente coloridas 
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor. 

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado) 

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte. 

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'